ENTRE FACAS E SEGREDOS: Terceiro filme abraça o terror e se transforma em truque de mágica

O terceiro filme da franquia Knives Out (que no português se chama Entre Facas e Segredos) Vivo Ou Morto: Um Mistério Knives Out inova na investigação farofa acrescentando terror e também adiciona mais drama para distrair o público e concluir um crime totalmente perfeito.

Josh O'Connor e Daniel Craig no filme Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out - Divulgação/Netflix

ATENÇÃO: REVIEW SEM SPOILERS DE VIVO OU MORTO: UM MISTÉRIO KNIVES OUT (2025; Netflix)

O personagem Benoit Blanc (Daniel Craig) precisa investigar um assassinato feito em uma igreja de uma cidade perto de Nova York, crime esse que é considerado praticamente impossível de ser solucionado e que o principal suspeito apontado pelas pessoas da igreja é o personagem Padre Jud (Josh O'Connor), que também será o parceiro nessa investigação ao lado de Blanc.

A estética mantém a mesma usada nos filmes anteriores e alternando mais o zoom da câmera entre longe e perto para entender o que está acontecendo no cenário o qual o novo longa se passa. Ao mesmo tempo desenvolvendo até demais o núcleo secundário, fica um pouco estranho do protagonista demorar para aparecer já que temos grandes nomes no elenco como Josh Brolin (Vingadores: Guerra Infinita), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro) e Glenn Close (A Casa Torta).

Josh O'Connor no filme Vivo Ou Morto: Um Mistério Knives Out - Divulgação / Netflix
Jud ao longo do filme se torna a figura central da história - cria-se situações de suspense sobre o seu lugar na igreja e sua fé durante a investigação do assassinato. A partir do momento que ele se encontra com Blanc, a produção acerta na dualidade dos dois personagens: enquanto o protagonista da franquia se torna o lado da razão da história, o padre é o lado espiritual e sobrenatural, fornecendo ao espectador alguns momentos em que estamos tendo a sensação que está ocorrendo algo sobrenatural, garantindo dois elementos de terror nesse caso.

Quando precisa desenvolver a sitação do assassinato, praticamente o drama ajuda a disfarçar o feito. Isso garante que o público não saiba o que aconteceu, ao mesmo tempo que criam-se teorias das poucas pistas que vão aparecendo e fornecendo hipóteses do que pode ter acontecido de verdade - dando a impressão de que certamente será impossível achar a resolução desse caso.

Dos pontos apresentados, a raiva apareceu no final em que tudo que vimos foi basicamente um plano bem planejado que aconteceu no momento certo, dando a impressão que tudo foi um grande truque de mágica. Isso acontece que em um certo ponto do filme temos as revelações de como realmente foi o assassinato e ao mesmo tempo Blanc sempre dá seu discurso dramático (que aconteceu nos filmes anteriores) já apresentando todas as evidências e a resolução praticamente feita - deixando pra escanteio todo o carisma do núcleo secundário e também tirando da mão do público o quebra-cabeça apresentado.

Trailer dublado de Vivo Ou Morto: Um Mistério Knives Out - Reprodução/Netflix
Concluindo... O terceiro filme da franquia consegue manter um drama mais sério comparado aos filmes anteriores, sendo mais imersivo nele e inovando ao apostar nos elementos de terror para gerar um desconforto durante o tempo de tela. Infelizmente, o seu final decepciona pois tudo se resolve em um curto período de tempo e não deixa surpresas para o público. Ao menos, ele consegue manter o puro entretenimento que a franquia Knives Out precisa.

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