ASSASSIN´S CREED SHADOWS: Um mergulho na história do Japão Feudal e sua representação na mídia atual

Assassin’s Creed Shadows, jogo lançado neste ano que continua consagrada saga da Ubisoft, leva a franquia para o Período Sengoku da história japonesa, começando especificamente em 1579. Mantendo a tradição da série, Shadows mistura eventos históricos reais com a lore própria do universo da franquia de videogames de Assassin’s Creed, resultando em uma narrativa densa, crível e fascinante.

Video promocional do jogo Assassin´s Creed Shadows feito pela Ubisoft Brasil - Reprodução / YouTube / Ubisoft Brasil
Aqui, controlamos Yasuke e Naoe, protagonistas que vivenciam as guerras e intrigas políticas que marcaram o Período Sengoku — uma era em que os daimyos (senhores feudais) lutavam pelo controle do Japão. Nesse contexto, a figura de Oda Nobunaga ganha destaque como o líder visionário e o primeiro passo rumo à unificação do país.

O jogo percorre quase toda essa trajetória: de Nobunaga, passando pela traição de Akechi Mitsuhide, até a ascensão de Toyotomi Hideyoshi, que consolidaria o poder antes de sua morte. As cenas finais desse longo processo histórico não estão representadas em Shadows, mas quem quiser acompanhar o desfecho pode recorrer à série Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, disponível na plataforma de streaming da Disney Plus, que mostra o momento em que Tokugawa Ieyasu finalmente assume o poder, em 1603, instaurando o Shogunato Tokugawa após os conflitos que se seguiram à morte de Hideyoshi.

Trailer oficial dublado da série Xógum: A Gloriosa Saga do Japão - Reprodução / Youtube / Hulu Brasil
E se a pergunta é “Mas e Ghost of Tsushima?”, a resposta é simples: ele se passa séculos antes, em 1274, durante a primeira invasão das tropas mongol ao Japão. Ainda assim, o jogo da Sucker Punch oferece um excelente retrato da estrutura social e militar dos samurais e nobres japoneses, a mesma que permaneceria firme até os eventos de Shadows — e além.

É interessante também relacionar Shadows e a série Xógum com o jogo Rise of the Ronin, lançado no ano passado pela Team Ninja. Após Tokugawa assumir o poder, o Japão entra no Período Edo, um longo tempo de estabilidade política e isolamento sob o domínio da família Tokugawa. O imperador, nesse contexto, assume um papel meramente simbólico, enquanto o shogunato governa com autoridade centralizada. 

Essa estabilidade, contudo, chega ao fim mais de dois séculos depois, quando um movimento político busca restaurar o poder imperial — a famosa Restauração Meiji, em 1868. É justamente nesse cenário que Rise of the Ronin se ambienta, retratando o fim do shogunato e o nascimento de um novo Japão.

Trailer de Rise of the Ronin - Reprodução / YouTube / PlayStation

Resumindo, não tenho agora em meu arcaico HD mental um jogo ou série que se passa durante o Período Edo ou o Shogunato Tokugawa. Na verdade, há uma enormidade de livros e filmes, mas nada verídico que eu conheça a ponto de incluir aqui. Mas, tirando esse buraco (que é meu), ainda assim há uma bela trilha histórica para quem quiser se aventurar: jogue Assassin’s Creed Shadows, depois assista Xógum, e finalize com Rise of the Ronin. Essa sequência cobre, com qualidade e coerência, três séculos fundamentais da história e da cultura japonesas.

E você? Quais obras adicionaria a esse conjunto?

ASSASSIN'S CREED SHADOWS está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X/S, Nintendo Switch 2, Windows (Steam e Ubisoft Connect) e MacOS;

RISE OF THE RONIN está disponível para PlayStation 5 e Windows (Steam);

GHOST OF TSUSHIMA está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4 e Windows (Steam);

XÓGUM: A GLORIOSA SAGA DO JAPÃO está disponível na plataforma Disney Plus.

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